Ontem, dia 21 de dezembro de 2015, foi um dia trágico pra história da língua portuguesa. Um incêndio de grandes proporções atingiu o Museu da Língua Portuguesa, no centro de São Paulo, segundo informações o as chamas começaram no primeiro andar e foram se alastrando por todo museu.
Eu havia visitado o Museu no começo de setembro e contei por aqui como fiquei encantada com o local. Após o acontecimento de ontem, resolvi deixar registrado aqui pelo blog partes de lá:
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| " Só se pode viver perto do outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura." João Guimarães Rosa |
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| ". não sou nada. nunca serei nada. não posso querer ser nada. à parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo." |
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| "Todos estão loucos, neste mundo? Porque a cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e que estão para haver são demais de muitas, muito maiores diferentes, e a gente tem de necessitar de aumentar a cabeça para o total." João Guimarães Rosa |
Além das poesias, o museu contava com um linha do tempo de 33 metros que reconstituiu todo o caminho da língua portuguesa, africana e ameríndia até se encontrarem no Brasil.
Outro atrativo eram também stands que mostravam as influencias de outros países no Brasil:
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"Com novos produtos e novos hábitos, surgem outras palavras que são integradas para traduzir o mundo.
1 - Tênis Allstar
2 - Abat-jour (abajur)
3 - Soutien (sutiã)"
Uma tela de 106 metros também contemplava o Museu, trabalhando a palavra como som, imagem, prática,história, ect.
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" Nesta tela de 106 metros, que ocupa toda a extensão da Estação da Luz, retratamos a riqueza e a diversidade da língua portuguesa. Uma língua em constante movimento.
A cada parada uma porta se abre mostrando um recorte do que temos de mais original: a língua no cotidiano; na músicas; no futebol; nos carnavais; na culinária; nas relações humanas; nas festas na nobreza; nas religiões e nas danças. Além de ressaltar a raiz portuguesa que fundou nossa identidade.
"... Nossa matéria-prima é a palavra. A palavra como som, como sentido, como prática, como senha, como signo cultural distinto, como argamassa social, como hostória, como objeto, como entidade mutável emutante..." - Antonio Risério" |
Esse foi o jeito que eu encontrei de prestar uma pequena homenagem ao Museu e mostrar um pouquinho daquele lugar mágico para vocês. Creio que a maioria dos Brasileiros nunca pisou lá, eu mesma visitei pela primeira vez pra trazer material aqui para o blog.
Toda a estrutura será reconstruída e a maior parte do material está salvo em mídia. O que nos resta agora é esperar que tudo volte a ser como era, sou grata de ter isso comigo, espero que vocês gostem.
Beijos
Carol Huertas
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